O Brasil é considerado um país com matriz de energia limpa. Mas os investidores já vão além das hidrelétricas e miram alternativas para aumentar a oferta com outras fontes renováveis, como eólica e solar. Em 2023, elas vão responder por mais de 90% do aumento previsto de geração de energia.
Mas o que pode fazer o Brasil deslanchar de vez e se tornar uma potência neste segmento? Segundo especialistas, a receita para alcançar um novo patamar inclui ingredientes que vão desde o foco na política ambiental, passando por questões regulatórias, como o equilíbrio entre o mercado regulado (no qual se compra energia de uma distribuidora) e o mercado livre (onde se negocia diretamente com o gerador), além de atrair mais capital estrangeiro.
Ampliar atração de investimentos
Com condições de insolação e vento sem igual no mundo, o Brasil pode trabalhar para atrair empresas de energia eólica e solar, facilitando a entrada de novas tecnologias no país. O hidrogênio verde será outra janela de oportunidade para investimentos.
Captar empresas de diversos setores
Por poder fornecer energia mais acessível, o Brasil também pode atrair empresas de outros segmentos pela garantia de eletricidade limpa e barata. É via para impulsionar a economia, crescendo em qualificação de produto, de mão de obra e em nível de renda.
Equilibrar mercados regulado e livre
Com energia mais barata, o mercado livre avança como plataforma de comercialização de energia paralela, com crescente demanda do setor produtivo. De outro lado, isso faz a conta paga por quem tem de consumir do mercado regulado aumentar.
Acesso a linhas de transmissão
Termelétricas foram contratadas no leilão emergencial para garantir fornecimento de energia após a crise hídrica. Com preço mais alto, elas têm prioridade no uso da rede de transmissão, com gargalo em linhas, à frente da geração mais barata vinda de solares e eólicas.
Reforçar a política ambiental
Com crescentes barreiras ambientais como filtro na seleção de destinos e projetos para investimento estrangeiro, é preciso ter uma política clara em meio ambiente. Fiscalizar a cadeia que atua em licenciamento pode trazer mais transparência e alavancar negócios.
Fonte: o Globo
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